Perimetral
.Elevado da Perimetral no Rio
Desaceleração deve ser tendência nos grandes centros do século 21
Por Bolivar Torres
Fonte: Revista Amanhã O Globo
Junto com as toneladas de concreto da Perimetral, também é implodido um símbolo de uma velha filosofia. Quando construído, na década de 1950, o elevado ajudou difundir no Rio uma mentalidade típica dos anos 1960 e 1970, e que se estende até os dias de hoje: a das cidades fluidas e aceleradas, planejadas principalmente em função dos carros. Parte da zona central carioca deixou de ser um lugar de interação social e bem-estar e se tornou uma simples via de passagem de veículos. Espaços caminháveis encolheram em diversas áreas da cidade, e deram lugar a ambientes hostis a pedestres.
Taxado como “old mobility” (velha mobilidade) pelos defensores das novas tendências urbanísticas, o conceito perde força pelo mundo. As razões são muitas: altas do preço do petróleo, aumento das horas perdidas dentro de carros (uma recente pesquisa mostrou que a Cidade Maravilhosa tem o terceiro pior trânsito do mundo) e de doenças causadas pela poluição do ar. Diante disso, não seria absurdo dizer que o fim da Perimetral, junto com a abertura de praças, boulevards e vias mais amigáveis aos pedestres, pode sinalizar o rompimento com uma maneira ultrapassada de planejar espaços urbanos. Entre os urbanistas, há um consenso de que atualizar a visão de mobilidade, contemplando a desaceleração e priorizando a qualidade de vida, é um dos maiores desafios para o futuro do Rio e das cidades brasileiras.
No Rio, as novidades passam pelo futuro Veículo Leve sobre Trilhos (VLT), que até 2016 tem a promessa de circular no Centro e na Região Portuária do Rio; e um possível aproveitamento do transporte hidroviário, hoje muito abaixo do que a geografia carioca oferece. Com suas lagoas, a Barra poderia se beneficiar de um projeto da Grove Boats SA, que prevê a criação de um barco eletro-solar integrado ao novo metrô e outros meios de transporte, como bicicletas e vans.http://www.mundosustentavel.com.br/2013/11/
Dá um confere no texto.
Vale a leitura!
Até!
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